domingo, 27 de setembro de 2009

Crise da Arbitragem: Quase na UTI

Não é de hoje que reclamamos dos árbitros e seus auxiliares num jogo de futebol. Isso faz parte do folclore futebolístico brasileiro. Mas tudo isso vem passando dos limites já a algum tempo.

Se pegarmos a história da arbitragem mundial, parece que nada evolui. Na copa de 1970, tivemos a primeira copa a cores, e os primeiros cartões amarelos e vermelhos mostrados para o mundo, invenção do saudoso ex-árbitro Ken Aston.

Mas fora isso, parece que nada mudou. Passam os anos, as décadas... E os erros primários continuam sendo os mesmos.

Só citando exemplos desta década, vamos aos fatos:

Na copa de 2002, o Brasil foi campeão. Mas no primeiro jogo, a seleção jogou um futebol humilde e fraco, vencendo o jogo por 2x1 contra a Turquia graças a um pênalti bisonho, muito distante da área marcado pelo árbitro japonês. Será que se a seleção não tivesse um resultado positivo naquele jogo, se sairia bem no restante da copa, visto que vinha a algum tempo com a estima muito baixa?

Na mesma copa de 2002, a Coréia do Sul, uma das anfitriãs, foi a semifinal vencendo nas oitavas- de-final, e nas quartas-de-final, respectivamente a Itália e a Espanha. Detalhe que a seleção rosa ganhou da Azurra com um gol em impedimento, e bateu a Furia com um gol num cruzamento, onde a bola já tinha saído de campo. Será que a Coréia do Sul tinha tanta força assim para chegar na semifinal da copa do mundo?

Coréia do Sul x Espanha: Erros e mais erros.

Depois de alguns anos, aqui mesmo no Brasil, o famoso 'Zveitão'. No Campeonato Brasileiro de 2005, Tevez jogou muito, Fábio Costa pegou tudo, Roger maestrou o time, e o Corinthians levou a taça merecidamente. Mas a polêmica das jogos com resultados programados falou mais alto. O Inter foi vice campeão por consequência, já que jogou um futebol tão bom quanto o do alvinegro do Parque São Jorge. Devido ao favorecimento de vários jogos a várias equipes por Edílson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon, vários jogos foram anulados e tiveram que ter sidos jogados novamente, po decisão do STJD de Luis Zveiter, e muitos desses jogos envolviam o Corinthians, que em algumas ocasiões havia perdido, e numa segunda oportunidade saiu vencedor. Ao fim do campeonato o Inter teve a chance de passar o Corinthians, mas no confronto direto, o árbitro a beira da aposentadoria, Márcio Resende de Freitas, que a dez anos atrás já tinha tirado um título brasileiro do Santos e dado ao Botafogo, num gol irregular de Túlio, atacou de novo e não marcou um pênalti claro de Fábio Costa em Tinga, que injustamente ainda foi expulso por simulação.

Pênalti em Tinga: Marca do Zveitão.

Depois dos escândalos da arbitragem que mudava os resultados, os culpados foram detidos e o futebol continuou como deveria continuar.

Beijo na taça de Túlio em 1995: Talvez se o beijo fosse de Giovani ou Macedo , a cena seria mais justa.

Mas a grande verdade é que depois desses casos, a arbitragem no Brasil nunca viveu uma fase tão negra. Diversos jogos do campeonato Brasileiro estão sendo decididos, mesmo que sem intenção, e somente pelo despreparo dos árbitros, literalmente no apito. Constantemente o campeonato pode ser decidido desta mesma forma.

O líder Palmeiras que foi prejudicado em jogos contra o Goiás e Coritiba, foi favorecido e muito num jogo contra o Cruzeiro. Isso ocasionou no afastamento por trinta dias da arbitragem de Evandro Rogério Roman. O mesmo árbitro que prejudicou o alviverde contra o Goiás, favoreceu contra o Cruzeiro. Mas o Cruzeiro reclama de barriga cheia. Três dias depois venceu o Barueri com um gol irregular.

Na série B, também rola solto os equívocos. Wellington Silva do Paraná, num jogo contra o Ceará que briga pelo acesso, deu uma cortada na bola como só Giba nos melhores momentos daria, e fez um gol, que não foi anulado. Resultado? Gancho pro trio de arbitragem.

Wellington Silva tem mais chances na seleção de Bernardinho, do que na de Dunga.

E agora, mais um fato bizarro. O Corinthians que vencia o clássico contra o São Paulo, teve um gol duvidosamente anulado e sofreu um gol irregular do tricolor. Resultado? 1x1, e mais um jogo decidido no apito. Moral da história - Se seu time foi prejudicado, não reclame, pois será favorecido amanhã.

Fica a pergunta: Não está na hora de finalmente, profissionalizar a arbitragem?