quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Eu lembro dos zagueiros!

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Eu lembro dos zagueiros! Geralmente, costumam ter aquele preconceito bobo com os beques, simples e puramente por ser considerado o mais caneludo do time. Ok, pode ser verdade, mas sem um caneludo do bom, um time rende? Eu poderia falar de Baresi, Luis Pereira, Cannavaro, Maldini, Figueroa, Marinho Perez, Dario Pereira, Mauro Galvão, Aldair, e outros grandes zagueiros. Mas não.

Vou me dedicar neste momento a falar somente quem fez muito, com tão pouco. Aquele zagueiro que lembra uma máquina de pinball, onde a bola vem e ele rebate. E começo com um caneludo que se confunde ao meio dos técnicos, por tanto ter rendido bem seu estilo.


Lúcio começou no Guará, mas no Brasil despontou pelo Inter. Não era unânime, mas naquele apanhado de convocações desorganizadas feitas por Leão e Luxemburgo, ele estava lá no meio. Com isso ficou 10 anos, e quase 100 jogos na seleção. Como no Inter, foi contestado no começo. Ganhou um voto de confiança de Felipão e esteve na seleção de 2002, mesmo falhando feio depois das quartas-de-final, contra a Inglaterra. Depois daquele jogo, Lúcio se transformou num jogador mais raçudo, com excelente marcação, que fez carreira na Europa e se transformou num sinônimo de zagueiro-zagueiro. Aquele zagueiro nato, que rebate todas, sem inventar. Ganhou mais notoriedade ainda por gostar de conduzir a bola, e hoje é um dos melhores zagueiros do mundo, e com certeza, o melhor representante dos zagueiros esforçados.

Um outro nome mítico, é de Tonhão. Quem via o Palmeiras da época da Parmalat com Rivaldo, Edilson, Edmundo, Evair, Roberto Carlos, Antônio Carlos, e tantos outros grandes jogadores, costuma se esquecer do xerifão daquele time. Tonhão era daqueles que não 'perdia a viagem'. Transformava toda a sua deficiência técnica com vontade e força física, se mostrando violento as vezes. Mas seus chutões e entradas fortes conquistaram a torcida do Palmeiras na época, e hoje ele é ainda lembrado com carinho por muitos.


Agora, zagueiros que se completam. Na final de 1996 do Brasileirão, o Grêmio tinha um jogador que se encaixa muito bem no meio desse grupo: Nada menos que Rivarola. Mas Rivarola tinha ao seu lado o técnico Adilson Batista, que salvava suas caneladas. Mas a Lusa, que chegou àquela final com talentos natos, tinha na sua zaga dois jovens e esforçados zagueiros: César e Émerson. Ambos tinham características parecidas. Eram técnicos sim, e se posicionavam bem, mas eram muitos jovens e relativamente lentos. Porém eram extremamente esforçados, e os dois vestiram a camisa da seleção brasileira um tempo depois. César inclusive foi campeão da Copa América com a amarelinha. Além disso, vestiu em campo camisas de grandes clubes brasileiros e estrangeiros. Émerson também esteve na seleção Brasileira, pelos idos do ano 2000. Chegou ainda a jogar por Botafogo e Ponte Preta.

Somente César e Emerson estão indicados na imagem, mas note que nela estão diversos jogadores consagrados do futebol brasileiro.

Deixei pro fim a cereja do bolo. E pra isso recorro às máquinas do tempo e vou me teletransportar para a copa de 1994, pra mostrar dois zagueiros que atuaram naquela copa. Ambos têm semelhanças grandes. A maior delas é maior que a coincidência da posição em campo: São seus estilos no mínimo extravagantes.

Um deles é Alexi Lalas. O zagueiro que jogava pertinho do não menos importante goleiro daquela seleção estadunidense, Tony Meola, era um líder dentro de campo, e depois da Copa se transformou no primeiro yankee a atuar na primeira divisão da Itália. Mesmo com tudo isso, o que mais chamava atenção era seu visual de integrante de banda grunge, naquela época, estilo musical no auge, sobretudo nos EUA.


Outro é o búlgaro, Trifon Ivanov. Na melhor campanha búlgara da história das Copas, onde a seleção alcançou um 4° lugar, Ivanov era um dos jogadores mais notórios. Aliás, Trifon Ivanov é até hoje um dos jogadores mais temidos da história das Copas do Mundo. Sua aparência cizuda, seu jeito ríspido de jogar, e sua força física invejável deixavam os atacantes com receio.


Pense duas vezes antes de tirar um zagueiro do sério. Principalmente se seu nome for Trifon.