The Dust: Oi Michel, tudo bem? A princípio, qual sua formação inicial na luta?
Michel Serdan: Comecei em lutas num seminário, fazendo judô, que treinei durante 10 anos.
TD: E como começou a luta livre na sua carreira?
MS: Certa vez encontrei um argentino, num torneio de braço de ferro. Seu nome era Gran Caruso e ele me perguntou se eu ganhava dinheiro com o judô e com o jiu jitsu, que também já praticava - respondi que não! Ele então me deu o endereço de uma academia, na praça das Bandeiras, onde treinavam varios profissionais. No outro dia estava lá, e nunca mais parei.
TD: Seus maiores rivais talvez tenham sido o Belo e o Mozart. Existem mais alguns?
MS: Meus rivais mais recentes foram Mozart e o Pit Bull. Antigamente, na fase da TV Record foram Aquiles e o Belo. Tive vários, ainda mais antigos. Naquela época eu era do mal e minha bronca era contra os bonzinhos tipo o Ted Boy (Marino), Bala de Prata e outros.
TD: A época dos Gigantes do Ringue foi sensacional. Eu Danilo, pessoalmente, tive a experiência de assistir algumas lutas no Ginásio 7 de Setembro... Existe talvez, uma falta de apoio de patrocinadores para o programa alavancar com sucesso novamente?
MS: Pois é Danilo! A época do 7 de setembro foi realmente boa. Tinhamos muitos patrocinadores. Com a venda da Record para a igreja Universal tivemos que parar... Hoje o que falta realmente são os patrocinadores e uma TV aberta.
TD: E como surgiu a ideia do WWE no Brasil?
MS: Consegui apresentar um projeto do GDR-BRASIL para o Sílvio Santos. Só que ele pediu para que falasse com um chileno encarregado de novos projetos que me comunicou que já tinha assinado com a WWE, e então me contratou. Quando os gringos viessem para excursionar no Brasil, iriam precisar da estrutura do GDR-BRASIL. Iríamos fazer também um reality show com lutadores brasileiros de onde sairiam 2 vencedores que seriam contratados pela WWE. Só que o Ministério Público tirou do ar pela violência no horário... Acabou-se tudo. Mas ainda mantenho um bom relacionamento com a WWE. Com o Shane McMahon, que não está mais na empresa.
TD: Você chegou a conhecer figuras marcantes do WWE, certo? Eles são carrancudos mesmo, ou fora do ringue o clima amigável é o que predomina?
MS: Conheci quase todos os lutadores, que me receberam muito bem e o clima é muito bom. Não são inimigos, são adversários.
TD: A dupla Michel Serdan e Jarbas Duarte talvez seja a mais lembrada do Brasil, quando se fala em narração de lutas. Existe o reconhecimento?
MS: Existe a lembrança, pois a entrada da WWE aqui no Brasil foi muito forte, e até porque eu e o Jarbas Duarte fomos os primeiros a narrar em português. Marcou bastante.
TD: Quais são seus projetos atuais, envolvendo publicidade, lutas, ou qualquer outra coisa?
MS: Meu projeto principal é entrar com o GDR-BRASIL numa TV aberta. Por enquanto vamos ficando na Rede NGT aos domingos, às 22:00 horas. Se sair uma TV aberta e conseguirmos firmar e dar audiência, o próximo passo é trazer de novo a WWE que é minha segunda paixão. Como disse antes, estamos na NGT, sou contratado para a publicidade do energético "Gladiator" da Coca-Cola, que veicula no Pânico e estamos á disposição dos promotores de eventos com nosso show.
TD: Muito obrigado pela entrevista, Michel! Quer deixar algum recado ou fazer um anúncio rápido?
MS: Para encerrar - Quem quiser praticar a luta livre, se tiver acima de 1,75m de altura com nínimo de 80kg, o corpo bem trabalhado e se for maior de 18 anos, é só entrar em contato para fazer um teste, se for aprovado, bancaremos os treinamentos. Um abraço a todos.
(O contato de Michel Serdan pode ser feito pelo endereço de e-mail: michelserdan@ig.com.br, ou pelos telefones (11)2607-6048, (11)2607-6411 e celulares 7979-4113 e 8633-1295. Mais informações no site http://www.michelserdan.com.br/).