Mas com o tempo, as coisas foram evoluindo. O capacete deixou de ser um objeto cuja a serventia era de manter os cabelos parados no lugar e não atrapalhar a visão do piloto, para se transformar num utensílio indispensável em corridas, protegendo sua cabeça de forma que não houvessem traumas graves.
Os primeiros capacetes de verdade que surgiram na F1, datam do final da década de 50, e logo tomou a preferência dos concorrentes. Mas no começo, ninguém ligava muito para as cores, e quase todos os pilotos utilizavam capacetes de cor branca, sem detalhes.
Talvez o primeiro piloto a adotar uma pintura clássica na F1, foi o campeão mundial Graham Hill, que tinha um capacete cuja a cor da base era um azul bem escuro, quase preto, com faixas apontando para cima em seu topo. Surgia então as pinturas clássicas.
No final da década de 60, os capacetes evoluíram ainda mais, e se tornava fechado, com viseira embutida, dispensando os desconfortáveis óculos viseira. Um dos pioneiros a utilizar os cascos fechados, foi o brasileiro Émerson Fittipaldi.
Na década de 70, o capacete se tornou obrigatoriedade em todos os tipos de corrida de automóveis, talvez pela grande periculosidade que havia atingido as corridas sobre carros, lanchas, motos, e outros tipos de veículos. Foi nessa época que cada piloto começou a entrar na F1 com uma pintura diferente em seu capacete, e cada piloto adotava modelos diferentes para ele. Os mais marcantes com certeza foram de Jacky Ickx, que mantinha uma divisória ao meio de seus olhos, e o de Ronnie Peterson, que mesmo com o visor já embutido no capacete, ainda utilizava uma aba, muito comum nos capacetes do fim da década de 50, início e meados de 60.
Os capacetes foram mudando com o passar dos anos. Cada vez ficavam mais leves e resistentes. Começaram a ser fabricados de fibra de carbono, um material mais resistente e mais leve, proporcionando mais segurança e conforto aos pilotos. Na década de 80, enquanto Senna, Piquet, Lauda, Prost, Mansell e muitos outros brigavam na pista por vitórias, seus capacetes entravam junto na pista e davam um show a parte. Afinal, quem não se lembra do capacete amerelo do Senna? E dos capacetes brancos e vermelhos, de Lauda e Piquet? Ou da flecha do Red Five?
Entrando na década de 90, o show continuava. Christian Fittipaldi usava o inverso capacete de Wilson Fittipaldi, um belo amarelo com detalhes verdes. Pedro Lamy utilizou um outro belo capacete na F1. Se a pilotagem não agradava, agradou ao público, ao mostrar ao mundo um capacete com cores ornando, onde predominava o azul e o rosa.
Capacete de Christian Fittipaldi
Com o passar dos anos, os pilotos mais jovens passaram a utilizar praticamente um capacete diferente por temporada, o que acabou causando uma perca da identidade do piloto, e dificilmente os que menos acompanham as corridas sabe quem é o piloto de certo carro só olhando o capacete. Mas há alguns pilotos fiéis a suas pinturas originais, ou pelo ao menos parte dela, sempre utilizando o mesmo desenho para cada capacete, mudando ocasionalmente as cores. Casos de Rubens Barrichello e Giancarlo Fisichella.
Capacete de Rubens Barrichello
Capacete do italiano Giancarlo Fisichella
Capacete de Rubens Barrichello
Capacete do italiano Giancarlo Fisichella
Há também hoje em dia, capacetes parecidos em vários pilotos diferentes. É o que acontece por exemplo, com os pilotos que tem algum vínculo com a empresa Red Bull (não envolvendo apenas pilotos do automobilismo, mas também ciclistas de Downhill, Hill Climb, Skatistas, e Alpinistas, por exemplo).
Hoje o capacete é indispensável numa corrida de F1. Sem ele, a segurança se torna precária, Além disso, ele embeleza a corrida, transformando-a em um belo desfile de desenhos e cores diferentes.
Hoje o capacete é indispensável numa corrida de F1. Sem ele, a segurança se torna precária, Além disso, ele embeleza a corrida, transformando-a em um belo desfile de desenhos e cores diferentes.