sábado, 24 de julho de 2010

A última do ENEM

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Na última prova do Enem, o Vértice foi o primeirão, certo? Certo. E todo viu a gigantesca vantagem das escolas privadas para as públicas nessa prova. Isso não impede que privadas fossem mal, e públicas fossem bem, porém no geral, foi o que aconteceu.

E quem foi a lanterninha da prova, você sabe? Trata-se da escola indígena (leu bem, indígena), ligada ao governo amazonense, Dom Pedro I. E é incrível de ver a pontuação dela. Não é só grande a diferença dela da primeira colocada (Quase 500 pontos) como a diferença para o penúltimo é praticamente absurda. A Dom Pedro I, localizada em Santo Antônio do Içá, ficou com a média baixíssima de 249,25, muito abaixo da penúltima, Osvaldo Pereira, localizada em Paranatinga, no Mato Grosso, que tem a média igualmente baixa de 307,42. O problema é que, se formos comparar, não existe nenhum espaço de médias assim no meio das todas 18.791 escolas inscritas na prova. Eis as notas das últimas colocadas:

(Clique para ampliar)

Agora, o meu porquê do destaque para 'indígena'. Com uma média dessas, creio eu, os alunos dessa escola mal falam o português, quanto menos entendem os termos por vezes obsoletos utilizados na prova.

A escola passa por esse constrangimento a toa? Por quê não existe uma prova em dialetos indígenas? Se não existe, porque o trabalho em dar a prova para a escola assim mesmo? Não é bem uma crítica, mas são coisas desnecessárias assim que eu acabo não entendendo.